A Antítese do Mau
Data:11/07/2017 - Hora:10h57
Reprodução Web
O motorista que estaciona o carro em local proibido, que tranca o cruzamento e atrapalha o trânsito é uma pessoa má? Levando em consideração a teoria do filósofo inglês Thomas Hobbes, a resposta é sim. O teórico que acreditava que o homem, na sua essência, não é um ser do bem se encontra no período entre os séculos 16 e 17. Para ele, a natureza humana é má, o homem é mau, não presta, tese que ele defende e está na obra "O Leviatã", inspirada em uma figura mitológica, que é uma serpente que fez um acordo com os homens. Na medida em que os homens não cumprem o acordo, a serpente vem e os devora. egundo a teoria de Hobbes, se o homem já nasce mau, ele não sabe viver em sociedade e precisa de um estado autoritário, que dite as regras, as normas de convivência, tese que vai fundamentar sua visão de estado absoluto. A visão é de que homem não tem pretensão de ser social, ele é mau, o que causa insociabilidade e para se tornar social, é preciso formar um novo pacto, um novo acordo entre homens, para que eles possam renunciar à coisa mais importante num estado de selvageria, que é a liberdade, arremata o filósofo. Veja o leitor, que na rua ou nos noticiários, quando acontecem fatos que demonstram atitudes de extrema maldade, realmente, a fica inclinada a concordar com Hobbes. Principalmente quando são atitudes não condizentes com o exercício da cidadania, como cuidado da cidade, do outro, consigo mesmo. A gente tem que continuar fazendo a discussão e redefinir nossos papéis como cidadão, como pessoa, ser humanizado, mas fugir do radical da tese Hoobbiana, sob pena de acreditamos na tese de que não temos oportunidade de nos mostrar diferentes da maldade.Quem já passou pela Rua da Aurora, no Recife, onde estivemos no ultimo final do ano, vai ver a Praça Padre Henrique, onde está o primeiro monumento construído no Brasil para lembrar os mortos desaparecidos durante o período de ditadura. Com o nome “Tortura nunca mais”, a obra do artista plástico Demetrio Albuquerque lembra, todos os dias, que um homem é capaz de torturar outro homem até a morte. Por outro lado, as imagens do cotidiano em algumas cenas do diaa dia das pessoas, mostram que existe gente boa, capaz de ajudar o próximo sem receber nada em troca. A grande dificuldade é se nós nos permitimos fazer coisas certas mesmo se não tiver ninguém olhando, câmeras ou aplicação de multas. Caímos nas justificativas mais diversas, o que é injustificável no ponto de vista da convivência social e é aí que devíamos nos cuidar mais, aprender a perder para ganhar socialmente. A gente discorreu modéstia as favas como diria Gilmar que joga pra todo lado e acende uma luz pra Deus e outra pro Capeta, nem sempre o homem (pessoa) nasce mau, é mau e tende a agir com maldade, o que acreditamos possa acontecer, é a janela ampla que a corrupção oferece de ganhos rápidos ao fulano que se rala por uns bererés e de repente vê a chance de lavar a égua e engordar o bolso pouco de lixando pro sufoco dos lesados. Veja o leitor, num ponto de parada de ônibus em Mato Grosso, um pacote de bolachas de 150gramas que no Juba não vai além de R$2,00 lá no tal posto de estrada, é vendido a R$ 5,00. Um de 200 gramas, salta pra R$ 7,00 convenhamos, é abuso mesmo,mostrando como se pratica a corrupção. Ora, ele vê na TV que ministro se vende por R$ 500 mil numa mala de grana, flagrante indiscutível, filmado, testemunhado,devolve a mala faltando R$35 mil, devolve os 35, consuma-se o réu confesso e não fica preso, então, truco, pra que ser honesto? O filho deste ladrão de posto beira-estrada,aprende com o pai, ensina aos seus filhos e a ciranda anda, então, concluindo, o homem não é mau e nem mal, ele aprende a ser mau e mal, porque os mestres da corrupção dão-lhes aulas todos os dias, com o aval da impunidade, ciente da troca de uma cela de prisão por uma tornozeleira, né Pereira? Então, Truco.
fonte: Da Redação
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