Diretora administrativa: Rosane Michels
Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
Pagina inicial Utimas notícias Expediente High Society Galeria Fale conosco
juba outra
O silêncio do povo
Data:29/06/2017 - Hora:13h51

 É de se notar que apesar das insatisfações e da falta de popularidade de Temer, o povo está quieto, apático. Não que um ou outro setor social não se manifeste, mas esses são incapazes de aglutinar os demais na sua causa particular. Vários são contra o governo Temer, mas cada um deles quer coisas diferentes, de tal modo que, quando um grupo sai na rua, o outro não aparece, e vice-versa.

            Tem os que querem o fim do governo e eleições diretas já; tem os que querem o fim do governo e as eleições indiretas realizada pelo congresso; tem os que só querem o fim de Temer, sem aderir seja as eleições diretas, seja as eleições indiretas. Mas, ainda que a grande maioria possa desejar o fim do governo Temer, ela não se aglutina numa bandeira comum, enfim, o povo não está nas ruas gritando com todo direito e dever, fora Temer.

            O fato emblemático é a impossibilidade dessa ocorrência, pois falta o principal, o povo se entender como povo, antes que membros de algum setor social ou parte prejudicada da vida econômica, social ou política.

            Os setores sociais são apenas membros reivindicantes querendo direitos ou privilégios. E quando o vinculo social começa a afrouxar e o estado a enfraquecer, o que prevalece são os interesses particulares na praça. As pequenas sociedades atuantes passam a influir sobre as grandes, a partir daí o estado perde o interesse comum e consequentemente o domínio, cala a sua voz e a vontade geral deixa de ser a vontade de todos, e passa a ser a vontade dos governantes.

            Todos guiados por motivos particulares, não opinam mais como cidadãos, mas como membros de uma categoria. Os deputados e senadores, no vazio das vozes das ruas, contra o povo e a favor de mais privilégios para si, vão aprovando falsamente, a título de leis, decretos iníquos cujo único fim é o interesse particular deles próprios, fazendo-nos de financiadores de suas tolices políticas, de sua propaganda eleitoral. Estão fazendo do processo eleitoral uma forma de eternizarem-se no poder, e tentando salvarem-se da justiça, enfim, dando as costas a tudo e a todos, e tentando sobreviver politicamente, antes que legislar ou fiscalizar o executivo.

            Devemos exigir que o processo eleitoral passasse por plebiscitos e referendos. Devemos nos unir contra a aliança do legislativo e do executivo para se perpetuarem no poder. Devemos exigir a renúncia de Temer pela temeridade que representa, pela vergonha que nos causa ter um presidente sendo processado criminalmente, pelo perigo que representa para as instituições republicanas e pelo atraso que causa ao desenvolvimento nacional. É o governo a maior causa da instabilidade econômica e social, para não dizer política, jamais a sua garantia como falsamente alardeia.

            É a sociedade civil que deve se unir contra políticos e governantes, para buscar pessoas mais honestas e mais competentes para ocupar os cargos governamentais e as instituições públicas. De pouco vale as instituições se seus ocupantes são de pouco valor, a lei pode ser mal interpretada, o direito pode ser negligenciado e a verdade pode ser omitida. É a sociedade civil que deve exigir um expurgo dos partidos políticos de seus membros suspeitos, pois na política não se pode ter suspeitos, quanto mais criminosos.

            Um partido que aceita e mantém em seus quadros políticos investigados, e considera que está respeitando um suposto direito a dúvida até que o caso seja julgado em definitivo, não está preocupado com a sua imagem ou com qualquer tipo de ética, apenas na manutenção de seus membros.

            Infelizmente, a omissão tem sido a principal característica política da sociedade civil brasileira, que calada, resmunga o mal feito alheio sem praticar algo de bom, dar uma bronca rotunda e bem merecida nesses deputados, senadores e, principalmente, no perigoso presidente Temer. Que nas próximas eleições não elejamos os suspeitos de sempre! Que façamos a faxina nos partidos que os próprios partidos não querem realizar! Que saiamos nas ruas para bradar: não queremos mais bandidos na política!

 

Roberto de Barros Freire é professor do Departamento de Filosofia/UFMT

rdefreire@uol.com.br




fonte:



JBA AREEIRA anuncie
»     COMENTÁRIOS


»     Comentar


Nome
Email (seu email não será exposto)
Cidade
 
(Máximo 1200 caracteres)
Codigo
 
Publidicade
Sicredi Fundo
Multivida
zoom
High Society
Também estreando idade nova, a sempre elegante, Carla Samartino, que neste sábado apaga velinha e recebe o carinho mais que especial dos familiares e rol de amigos. Sucessos, Saúde, Amor, Paz e Prosperidades, são os nossos votos para o novo ano.  A coluna de hoje é dedicada a amiga de longas datas, Fidelmaria Reis, que nesta semana recebeu quilométricas homenagens pela comemoração de mais um ano. Na oportunidade filhos, netos, amigos cantaram o tradicional Parabéns.  Nós da família do JCC desejamos que esse novo ano seja o melhor que já viveu. Feliz Aniversário! Celebrou data nova a linda Juliana Bruzzon que recebeu os calorosos abraços dos pais Amarildo e Zezé, dos amigos e familiares. Desejamos um ano pleno de alegrias e sonhos realizados.
Ultimas norícias
Exediente
Versão impressa
High Society
Fale conosco
VARIEDADES
POLÍTICA
POLÍCIA
OPINIÃO
ESPORTES
EDITORIAL
ECONOMIA
CIDADE
ARTIGO
Jornal Correio Cacerense 2015
Copyright © Todos direitos reservados