Tinta na Graxa
Data:30/05/2017 - Hora:09h13
A briga paralela de parte da mídia atropelando a ética e o profissionalismo sério como formadora de opinião, divorciando-se de sua função informativa, parece passar despercebida por parte da população, alvo desta política nociva ao jornalismo. Arvorando-se em defensores da pátria, da democracia, da ordem estabilizada e de caçadora de corruptos, na realidade, os gladiadores midiáticos pseudo-paladinos da ordem e da justiça, se traem nas entrelinhas e deixam descaradamente nos lead’s as reais pretensões, qual seja, a dissimulada assessoria capacha aos seus patrões, o poder e os poderosos. Nos 38 anos de lide jornalística, conhecemos de cor e salteado como funciona esse esquema, onde pauteiros, repórteres, redatores e patrões, serviçais dos donos do poder, buscam desnudar o rei, para segurar o cetro. Neste jogo de interesses, manda quem paga mais e o leitor e o telespectador, que se dane, se ingênuo, engole e deglute as mentiras, se intelectual, protesta, reage, mas fica só nisso; o importante para eles, os xerifes de parte da grande mídia, é o lucro, a grana, a bufunfa, o bereré, independente de sua origem, pouco se lixando de se portarem com o partícipes e co-autores deste trabalho sujo. Os flagrantes usos e abusos de parte da chamada grande mídia, são rotineiros, seja, contratando pesquisas de cartas e casas marcadas em anos eleitorais, ou peritos nem sempre confiáveis, embora famosos, para ilustrar o baço pano de fundo de suas matérias, ditas investigativas e os cambaus. Se vestem e travestem de donos da verdade, quando a missão do jornalismo além de informar, é desmascarar mentiras, ouvidos os dois lados da querela, sem jamais se confundir como parte ativa do factual. Sobretudo, no espaço editorial, único que se admite opinativo na imprensa real, leal, verdadeira, séria e imparcial, o principio da impessoalidade, deve nortear o jornalista afim, sob pena de tendenciosidade. Não é o que se observa ultimamente em alguns órgãos, infelizmente. Claro, que se admite e é louvável um trabalho jornalístico inédito, informativo na essência, rico em detalhes, focado no interesse da coletividade, desde que sem o detalhe nefasto do sensacionalismo. O que se condena é a total falta de ética de colegas que usam e abusam de suas prerrogativas para fabricar e forjar matérias, obviamente, bem remunerados pelos poderosos corruptos. Isso sempre será repudiado pelo jornalismo ético e dele, não abrimos mão, afinal, o leitor há de sempre merecer o nosso profundo respeito, Bom Dia!
Daniel Alves de Macedo: Jornalista
fonte: Daniel Alves de Macedo
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