Educação de surdos é debatida em seminário
Data:26/04/2017 - Hora:10h43
Junior Silgueiro/Seduc-MT
Evento reúne pesquisadores da área, professores e pais de alunos
Os desafios da educação para deficientes auditivos em todos os níveis do ensino são uns dos assuntos debatidos no Seminário Integração de Surdos, realizado no auditório da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), em Cuiabá. O evento, que segue até hoje (26.04), conta com palestras e mesas-redondas, além da participação de aproximadamente 160 pessoas, entre ouvintes e deficientes auditivos.
A atividade é promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), vinculado ao Instituto de Educação (IE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Seduc, por meio do Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (Ceaada) e o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies).
De acordo com a professora da UFMT e coordenadora do Seminário, Tânia Maria de Lima, o objetivo do encontro é potencializar análises e debates sobre a educação de surdos em todos os níveis do ensino, ampliar o debate sobre escola de/para surdos, dando centralidade às interações entre estudantes, intérprete de Libras e professores regentes. O objetivo é obter avanços no processo de inclusão.
Além disso, a intenção é promover discussões sobre formação de professores para a educação de surdos, em especial no âmbito da educação superior e a integração entre docentes e estudantes da educação superior (graduação e pós-graduação) e docentes da educação básica, por meio de reflexões coletivas e de trocas de experiências sobre a educação de surdos. “Abrimos o espaço para esse importante debate sobre a escolarização do surdo e, principalmente, para ouvi-los. Contamos com a participação de importantes pesquisadores da área, professores e pais de alunos”, aponta.
Políticas públicas
Para a professora Tânia Lima, é importante que o assunto seja debatido nos espaços da Seduc. “A universidade produz conhecimento, pesquisas na área, mas sozinhos não resolvemos os problemas. Por outro lado, a Seduc tem o papel de definir políticas públicas para a escola de educação básica. Sendo assim, as parcerias são importantes para buscarmos as alternativas e resoluções dos problemas”.
O coordenador de Educação Especial da Seduc, Marcino Benedito, avalia que a educação de surdos enfrenta muitos desafios, principalmente quanto à criação de escolas bilíngues – um clamor da comunidade surda. “Precisamos também promover a conscientização das famílias sobre a importância da integração dessa criança ou jovem à sociedade e de sua educação formal”.
Ele destaca que a Seduc possui a reponsabilidade de dar continuidade às formações, também na Língua Brasileiras de Sinais (Libras). “Não apenas para termos mais intérpretes nos nossos municípios, que gera grande demanda, mas também para que o pedagogo, o professor de história, geografia ou matemática, saiba lidar no dia a dia com esse surdo, que estará na creche, no ensino fundamental, no ensino médio e na universidade”, frisa.
fonte: Viviane Saggin/Seduc-MT
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