Congresso: prostíbulo em chamas!
Data:26/04/2017 - Hora:10h18
A operação Lava Jato continua fazendo estrago nas organizações criminosas incrustadas na República e revelando personagens até então pudicas que gritavam por decência nos umbrais do prostíbulo chamado Congresso Nacional.
Quem poderia imaginar que a senadora Vanessa Grazziotin, as deputadas Maria do Rosário e Manuela d’Ávila, entre outras puritanas, participavam do bacanal ou suruba financeira com os diretores do grupo Odebrecht?
Não eram somente elas.
Muitas outras senhoras recatadas, do lar e da política, protegidas com os paramentos de freiras, de vez em quando ou costumeiramente, retiravam o limpel e, com o pescoço desnudo, se colocavam frente à frente aos provedores de caixas de campanhas eleitorais e repetiam a celebre oração de São Francisco: “é dando que se recebe”.
Eles doavam e elas retribuíam a generosidade dos empreiteiros fazendo tráfico de influência e exploração de prestígio na administração pública federal. Todas, com o olhar fito no teto ou decúbito ventral, rebolavam em gratidão aos homens do poder financeiros que ajudavam-nas a permanecer no poder político, em perfeita simbiose da imoralidade e do crime.
A Lava Jato lançou no esgoto da história uma enxurrada de deputados, senadores e levou de roldão a metade dos ministros do pusilânime e desacreditado presidente Michel Temer.
A Procuradoria Geral da República minou as bases do Planalto. E o ministro do STF Edson Fachin, ao retirar o sigilo das delações dos desavergonhados executivos da Odebrecht, empurrou para a tormenta do escárnio público figuras até então com pose de paladinos da falsa moralidade.
Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Aluízio Nunes e José Serra do PSDB se juntaram aos expoentes do PMDB que já se confundem com os aloprados do PT e ratos do PP, do PSD e todos - em parceria criminosa com os gatunos do PSB, PCdoB e demais siglas que albergam caricatas figuras de comportamentos assemelhados - respiram dentre os escombros à espera de sobrevida no farto e opulento mundo da política.
Em Mato Grosso, por enquanto, apenas Lúdio Cabral e o homem da botina – Blairo Maggi – foram encharcados pelos esguichos da Lava Jato. O ministro é acusado de embolsar R$ 12 milhões da Odebrecht em 2006. Claro, ele nega de pés juntos.
Fico a imaginar se o nome do governador Pedro Taques fosse citado por algum delator da Odebrecht o pandemônio político que estaríamos vivendo. A deputada Janaína Rica, com certeza, já teria encabeçado movimento pelo impeachment de Taques, Antonio Joaquim já teria convocado coletiva para defender “moralidade” na administração pública e a turma do PMDB já teria colocado a fuça bovina fora do mar de lama para gritar em apoio à Manuel d’Ávila de Juara – Janaína Riva.
Pois é!
O governador Pedro Taques, com a serenidade de quem realiza uma administração austera; com a tranquilidade de quem não se corrompe e nem condescende com a pilhagem ao erário público, acompanha ao largo o massacre imposto à camarilha de ladinos senadores, deputados, governadores e ministros pela atuação firme e destemida da operação policial Lava Jato.
Sem nada a temer ou tremer, Taques é orgulho de MT por se manter leal aos valores virtuosos da probidade, decência e honradez na condução da coisa pública; é o governante que se faz respeitar por acreditar, superar e surpreender; é orgulho para Mato Grosso e exemplo para as futuras gerações. Avante, Lava Jato!
Edésio Adorno é advogado em MT e escreve exclusivamente para este Blog toda sexta-feira. E-mail: edesioadorno@gmail.com
fonte: Edésio Adorno
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