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O bem contagia
Data:19/10/2016 - Hora:07h46

Um amigo de longa data nos relatou um caso simples, mas bem interessante. Há 15 dias procurou um posto de combustíveis para efetuar a troca de óleo do motor de seu carro. Foi feito o descarte do pouco óleo usado, a troca do filtro de óleo e o abastecimento de nova quantidade de óleo lubrificante, tendo sobrado meio litro que não coube naquele momento.

Ele foi embora, mas se esqueceu de levar aquela quantidade de óleo restante. Pensou que já fosse algo perdido. No entanto, na manhã de ontem ele estava em outro posto de combustíveis, abastecendo seu carro como fazem todas as pessoas, quando de longe veio um rapaz em sua direção. Este foi chegando e se identificou como a pessoa que fez a troca do óleo de seu veículo há dias atrás. Ele disse ao dono do carro que ficasse tranquilo, pois aquele meio litro de óleo estava guardado: só passar e buscar.

Isso nos faz lembrar de tantos casos de pessoas que buscam ter uma atitude de permanente bondade frente às diversas situações da vida, bem como nos recordamos daquelas pessoas que por terem sido vítimas de deselegância, agressão, ofensa, ou simples má-vontade de outrem para consigo, assumem uma postura defensiva e, não raro, estão sempre armadas e agressivas nas mínimas circunstâncias.

É natural que vivendo em sociedade tenhamos inúmeros dissabores, porquanto as pessoas tem liberdade de ação, escolhem seus próprios caminhos. Porém, permitir que o mal que nos fizeram se torne a linha mestra de nossa conduta é um exagero prejudicial para quem assim aceita passar a viver.

Isso não significa dizer que devamos ter “sangue de barata”, tampouco que passemos a viver armados contra tudo e todos. Ao contrário: nos mostra um modo equivocado e que podemos reconhecer no outro, mas que devemos não acatar para nós mesmos como regra.

Se já temos ciência de que o mal que nos fazem não nos faz mal, eis que o único mal que pode nos fazer mal é aquele que nós mesmos produzimos, por silogismo, o bem que os outros fazem não nos faz bem em sua plenitude, mas apenas nos convida a também adotar uma conduta de benevolência e indulgência em relação às faltas alheias.

Por conseguinte, o bem que fazemos pode nos trazer um estado de completude em relação à vida, de gratidão à Deus, alegria de viver, sendo, ainda que não queiramos ou percebamos, um convite-estímulo para que as pessoas que convivam conosco ou que apenas vejam nossa atitude, acertadamente de acordo com a consciência, para a verdadeira felicidade que podemos encontrar dentro de nós mesmos, a partir de esforços perenes e pacientes para realizar a autotransformação moral, isto é, domar os pensamentos e atitudes nocivos que ainda fazem parte de nosso padrão psicológico, do nosso modo de agir cotidianamente, e que não nos faz bem, tampouco a quem esteja mais próximo de nós. E após realizar esta tarefa de autopercepção, sem entrar em crítica a si mesmo nem em lamentação infrutífera, é possível planejar e colocar em prática a atitude que nos faça bem, transformando vícios em virtudes. 

É fácil falar, ou escrever. Realizar não é nada fácil. Requer esforço, sobretudo para vencer a preguiça e a tentação de desistir, de não acreditar em si mesmo.

Todavia, quando vemos uma pessoa comum deixando de buscar vantagens indevidas e garantindo que guardou um objeto esquecido por outra pessoa, como no caso do amigo acima citado, ou como tantos outros casos de taxistas que visitam seus clientes para entregar coisas esquecidas em seus carros, ou quando vemos pessoas que abrem mão de prazeres imediatos para se entregarem ao ideal de mitigar a dor do próximo de tantas formas, seja pelos estudos, seja pelo acolhimento num diálogo fraterno, ou mesmo em atividades de promoção social, percebemos que o bem nos contagia e traz uma vontade de somar a este círculo virtuoso do amor, da paz, do bem que nos faz tão bem.

Sejamos nós, portanto, aqueles que nos permitimos ser contagiados por essa energia do bem, pois já vivemos momentos em que, conquanto gradativamente, essa onda se ampliará incessante e inexoravelmente.

Nestor Fernandes Fidelis é advogado e escreve exclusivamente para este Blog toda quarta-feira - nestor@nestorfidelis.adv.br

 




fonte: Nestor Fernandes Fidelis



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